Tenho observado o nascente debate sobre a sucessão municipal de Jacobina. Nascente? “Eta”, ato falho! De nascente não tem nada porque esta sucessão está colocada desde janeiro de 2009 e fico espantado com o leilão eleitoral que está sendo promovido. Parece que Jacobina é uma cidade qualquer, que está à espera de um Salvador ou Salvadora da Pátria.
Sendo assim, gostaria de dar minha modesta contribuição lançando o nome do ex prefeito de Salvador, Imbassahy, como candidato. Ora, ele governou Salvador por oito anos e desde que me entendo por gente, utilizando uma expressão que ouço muito do bom povo simples desta nossa terra, foi a época que achei Salvador mais bem cuidada. Eu morava lá, a cidade respirava novidade e cultura. Como todo governo, ocorreram equívocos, mas ponderando defeitos e virtudes com certeza estas ultimas prevalecerão.
Ah! Mais duas coisas engrandecem esta minha indicação. Ele é Deputado Federal e é casado com uma filha de Jacobina, de família respeitável desta terra que emana ouro. Claro, se basta ter um cargo de posição ou ser casado com alguém de Jacobina já credencia para o pleito municipal, o nome dele deve ser sim muito bem lembrado.
Pelo que estou percebendo, não é mais necessário ter um projeto político coerente com a realidade do município, não precisa residir na cidade, não precisa conhecer seus problemas nem dialogar no dia a dia com seus cidadãos, nada, nada disso! O simples fato de ter poder somado com relação de parentesco, basta.
Não tenho nada contra Amauri, nem Cícero. Registro que só os vi de passagem, mas nunca tive sequer a oportunidade de cumprimentá-los. Desta forma, não quero entrar no mérito da competência, se são bem intencionados nada disso. Gostaria apenas que eles vivessem aqui, conhecessem a realidade dos meus irmãos jacobinenses de perto, no cotidiano e não só de ouvir falar. É vivendo aqui que se sente as grandezas inexploradas desta boa terra e a desolação dos vulneráveis.
Rui Macedo tem legitimidade para pleitear? TEM sim senhor. Ao perder a eleição para Valdice poderia ter ido embora de Jacobina, como muitos assim o fazem. O mercado para médico é bom em qualquer cidade da Bahia, entretanto, ele permaneceu aqui trabalhando, ocupando seu espaço, lhe respeito também por isso. Se mantem sendo líder de um grupo político e ninguém é líder se não tem seus méritos.
Acredito que não somente Rui, ouço outros nomes como o respeitado comunicador Mauricio Dias, estimada Valdice para reeleição, Dr Airton, o revulucionário da comunicação João Jacques, o líder Leopoldo Passos, as sindicalistas Zélia e Onília, querido Carlos de Deus, estimado Carlos do PT, amigo Luciano da LOCAR, Fernando da Morel, Nisan, os competentes médicos João Cleber e Aloísio, os empresários Zé Luís e João Brandão, todos estes possuem legitimidade para o pleito de 2012, segundo o critério que estou norteando meu pensamento nestas ligeiras palavras e designando por adjetivos os que conheço mais de perto.
Por que não Amauri? Porque ele primeiro precisa dar frutos. O que ele fez por Jacobina enquanto sub secretário de saúde? O que está fazendo enquanto Deputado Federal? Indicações? Ofícios? Pronunciamentos no Parlamento? Nos traga algo realmente concreto, substancial. Em relação ao Cícero eu não vou nem comentar, tamanho o despautério.
Oh! Senhores e Senhoras é assim que se ama Jacobina? É a mudança de cadeiras, poder por poder?
Finalmente, gostaria de registrar, por oportuno, até como desabafo pessoal, que não pertenço a nenhum grupo. Presto serviço de consultoria para a Prefeitura de Jacobina, jamais rejeitarei trabalho, pois sou movido por ele. Sei que tento fazê-lo de forma muito especial, porque surgiu dentro de mim uma simbiose com esta cidade desde o dia que ao vim tomar posse na UNEB, percebi a mudança da vegetação a partir da Palmeirinha. O que era feio na estrada esburacada se transformava em colírio para os olhos de quem viu o pai a vida inteira se queixar das secas do sertão Ipiraense.
Ricardo Sampaio
Infelizmente essa também é a sensação que me ocorre ao pensar em um candidato para Jacobina, me vem na cabeça a necessidade de um salvador. Alguém que cumpra com suas obrigações em função do povo, que se preocupe mais com as necessidades da população do que com as próprias regalias, o que de fato é muito difícil de acontecer em qualquer ambiente político, seja ele municipal, estadual ou federal.
ResponderExcluirAcredito que não só a população jacobinense segue desacreditada, mas a população brasileira, como um todo, não vê credibilidade nos seus políticos, a diferença é que Jacobina já experimentou os dois lados que os propuseram e que os propõem há tempos e não fizeram e nem fazem jus à credibilidade nem à confiança depositada com tanto apreço, e acredito que boa parte deseja agora algo diferente, existe a necessidade de "respirar novos ares", de renovação, que seja capaz de transformar nossa realidade de forma intensa e pra melhor!
Concordo plenamente que o parentesco, como fato isolado, não torna o político um candidato apto à Prefeitura, e também acho que não se trata de fato relevante, antes de darmos importância a isso temos que nos atentar realmente a projetos que deem a esta cidade atenção e que sejam possíveis, pois não adianta prometer mundos e fundos e não ser capaz de realizá-los!!!
Nós temos quer ser capazes, antes de mais nada, de distinguir entre o que é possível e entre o que se trata de promessas infundadas, de ilusões, de meras falácias, para que possamos ao menos escolher o "menos pior" entre todos os habilitados.
Espero que o próximo, tendo parentesco ou não - já que isso não prevalece no momento de governar - seja capaz de fazer melhor pela nossa cidade, melhor do que já fizeram (e não estou dizendo que o fizeram).
E sabe o que é pior?! Pessoas que viveram aqui e ainda vivem, que governaram ou governam, não conhecem a realidade jacobinense ou simplesmente a ignoram!
ResponderExcluirOu seja, viver aqui não é pressuposto para a formação de um político competente para nossa cidade!
É uma opinião Ricardo! Só a prática pode torná-la efetiva no sentido da efetividade (eficiência e eficácia). Certamente na minha humilde opinião citaste nomes honrados da história recente de Jacobina e também nomes que não merecem ser citados nem pronunciados, pois envergonham a ética e a honra do 'ser social' em qualquer instância. A idéia do Salvador da Pátria pode funcionar por questões culturais, porém na prática o decepcionar será um grande fardo dentro das expectativas criadas. De fato, na época do Gestor Imbassaí, Salvador conseguia passar uma imagem muito boa nos corredores turísticos o que elevou a alta estima populacional, porém havia uma união estatal no sustento do quebrado, falido município de Salvador, vide problemática estatística do município referido.
ResponderExcluirParabéns por provocar uma nova questão em nosso pobre, pela atual situação, porém não menos amado município de Jacobina Bahia!
Reini Motta.