05/12/2012

Será que ainda somos os mesmos



* meu texto do Jornal A Notícia - Semanal
 
E vivemos como nossos pais?

- José Dirceu, o líder estudantil dos anos 60 que mobilizava os jovens contra a ditadura, tornou-se, nos anos 2000, o ministro afastado sob acusações de ser o mentor do mensalão, esquema de compra de votos no Congresso.
- Lindenberg Farias, o cara-pintada que virou símbolo dos protestos que levaram ao impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, no início dos anos 1990, tornou-se um prefeito fiscalizado por irregularidades e seus bens chegaram a ser bloqueados pela Justiça.
  Há alguns meses, me toquei de que alguns jovens que foram importantes para a história do país, hoje são apenas mais um “político corrupto” fazendo parte de uma farinha do mesmo saco. Será que o sistema é tão corrupto ao ponto de que transforma mentes criativas e construtivas em máquinas de desviar sonhos e ideais? Qual será o conceito que a nova geração vai utilizar para dizer, somos diferentes e queremos fazer melhor sem o vicio do atual jogo político. Dificil prever mas fácil perceber a partir de atitudes que mostram respeito pelo próximo e inteligência política. Um indício da visão prática desses jovens são seus ídolos, Lula ou Fernando Henrique? Schumacher ou Airton Sena ? Ronaldo ou Romário ? Particularmente eu prefiro os que trabalham em conjunto,  que buscam competência, no final escrevem a sua biografia e entram para história como pessoas incríveis que mudaram uma realidade. Dirceu, Lindenberg e muitos outros nesse país não têm mais um histórico limpo e agora espero que virem notícia apenas de páginas policiais.

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