* meu texto do Jornal A Notícia - Semanal
E vivemos como nossos
pais?
- José Dirceu, o líder estudantil dos anos 60 que mobilizava
os jovens contra a ditadura, tornou-se, nos anos 2000, o ministro afastado sob
acusações de ser o mentor do mensalão, esquema de compra de votos no Congresso.
- Lindenberg Farias, o cara-pintada que virou símbolo dos
protestos que levaram ao impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, no
início dos anos 1990, tornou-se um prefeito fiscalizado por irregularidades e
seus bens chegaram a ser bloqueados pela Justiça.
Há alguns meses, me
toquei de que alguns jovens que foram importantes para a história do país, hoje
são apenas mais um “político corrupto” fazendo parte de uma farinha do mesmo
saco. Será que o sistema é tão corrupto ao ponto de que transforma mentes
criativas e construtivas em máquinas de desviar sonhos e ideais? Qual será o
conceito que a nova geração vai utilizar para dizer, somos diferentes e
queremos fazer melhor sem o vicio do atual jogo político. Dificil prever mas
fácil perceber a partir de atitudes que mostram respeito pelo próximo e
inteligência política. Um indício da visão prática desses jovens são seus
ídolos, Lula ou Fernando Henrique? Schumacher ou Airton Sena ? Ronaldo ou
Romário ? Particularmente eu prefiro os que trabalham em conjunto, que buscam competência, no final escrevem a
sua biografia e entram para história como pessoas incríveis que mudaram uma
realidade. Dirceu, Lindenberg e muitos outros nesse país não têm mais um
histórico limpo e agora espero que virem notícia apenas de páginas policiais.
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