Dói imaginar deitar no sofá e não poder alisá-la ou sair sem ouvir um choro como se dissesse ‘ me leva’. Almoçar sem ter alguém pedindo um pedacinho, ou dormir sem alguém te arranhando a porta. Gritarem comigo e não ter quem revide, quem espante os gatos, quem te lambe, quem deite em seu colo, quem cuide de você. Aquela casa vai ficar vazia sem a minha protetora, minha companheira, e a dona do latido mais irritante do mundo. Nunca vou me esquecer do dia em que a perdemos ruas a cima da nossa, e passamos um bom tempo a procurando pelas proximidades do local, e quando enfim voltamos pra casa sem sucesso, lá estava ela, sentada na porta nos esperando chegar.Por tudo que ocorreu nesses 12 anos posso afirmar que ela foi o presente ganhado dentro de uma caixa de sapatos furadinha mais valioso que alguém poderia receber . Agora a perdi de novo, mas dessa vez.. ela nunca mais vai voltar.
Saudade, Nala.
Maria Clara Carvalho
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